O filme Oppenheimer ganhou ainda mais destaque quando anunciaram que ele seria lançado no mesmo dia do filme da Barbie, mas principalmente porque é dirigido por um dos diretores mais bem-sucedidos de Hollywood: Christopher Nolan. A seguir vamos trazer uma crítica sobre essa produção que conta a história do pai da bomba atômica.
Sobre o enredo
O filme narra a história de Oppenheimer, o cientista que ficou responsável pelo projeto que desenvolveu a bomba atômica, uma das armas mais poderosas do mundo, que foi desenvolvida pelo governo dos Estados Unidos para destruir as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, para assim vencer a Segunda Guerra Mundial em 1945. Não podemos deixar de contar que o filme possui 3 horas de duração e é capaz de te fazer mergulhar fundo na história de Oppenheimer e até te fazer entender muitas vezes o que se passava na cabeça dele durante e depois da criação da bomba. Vale lembrar que o filme conta a história de Oppenheimer, sendo assim, a visão do cientista é priorizada o tempo todo.
Sobre o elenco
Precisamos destacar que o elenco possui um talento absurdo, pois é formado por Cillian Murphy, Florence Pugh, Robert Downey Jr., Emily Blunt, Rami Malek, Matt Demon, entre outros atores de destaque. Cillian Murphy ficou muito conhecido por fazer o papel de Tommy Shelby na série Peaky Blinders, produção disponível na Netflix, mas agora, interpretando um dos cientistas mais importantes, o ator chamou a atenção por seu talento em demonstrar apenas pelo olhar toda a responsabilidade que aquele homem estava carregando quando construiu a arma mais poderosa do mundo. Durante todo o filme você consegue perceber por meio do olhar penetrante, ferido e destruidor do ator o fardo que aquele cientista carregou por toda a sua vida.
O filme não trata Oppenheimer como um herói
A produção toma o devido cuidado para não colocar Oppenheimer ou a bomba atômica como heróis, algumas pessoas podem achar que isso aconteceu, mas o que ocorreu foi um retrato claro do que o cientista e a bomba significaram para os Estados Unidos naquela época. A produção traz de forma bem lógica o ápice e a queda das principais figuras e também da bomba, que primeiramente é festejada e no final temida por seus próprios criadores. Nesse momento eu tomo a liberdade de dar minha opinião como pesquisadora e cientista: me identifiquei com o físico, pois quando você está no momento da descoberta de algo novo e incrível, você não pensa nas consequências que aquilo irá trazer, pois o êxtase de encontrar algo novo toma conta dos seus pensamentos, a felicidade de criar e comprovar uma teoria é maior do que tudo e podemos notar que foi esse sentimento que tomou conta de Oppenheimer.
Não há imagens criadas por computadores
É isso mesmo! Christopher Nolan é fã de realismo e nenhuma cena utilizou o famoso CGI. Para criar a cena da explosão, Nolan escolheu uma locação no Novo México, a poucos quilômetros da área onde o verdadeiro teste ocorreu, o diretor então fez explosões em menor escala para retratar exatamente como foi o teste naquela época. É por isso que você com certeza ouviu falar que o filme deveria ser visto em cinema do tipo IMAX, pois o objetivo do diretor era colocar o espectador dentro da explosão. IMAX é um formato de filme criado pela empresa canadense IMAX Corporation que tem a capacidade de mostrar imagens muito maiores em tamanho e resolução. Para que Nolan pudesse colocar seu filme nos cinemas tipo IMAX, a Kodak teve que desenvolver o primeiro suporte de filme em preto e branco para IMAX, já que o longa conta com algumas cenas em preto e branco, permitindo ao cineasta criar algo novo combinando com película em grande formato (65mm).
Eu acho que até aqui você já entendeu que Oppenheimer será um marco para o cinema e é uma obra de arte que deve ser apreciada. Infelizmente durante a sessão notamos que várias pessoas deixaram a sala depois de 2 horas de filme, as redes sociais e a cultura do imediatismo tirou a nossa capacidade de sermos pacientes e apreciarmos o momento, mas Nolan ressurge no tempo certo para nos lembrar que estamos esquecendo o mais importante: o agora.
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