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  • Foto do escritorMaria Tosin

Dysphoria: a depressão é um vilão comum


No domingo (01/10) a convite da Banana Filmes, conferimos a estreia do longa Dysphoria, uma produção que em três histórias dirigidas e roteirizadas por diferentes profissionais traz a depressão como vilão comum. Confira a seguir o que achamos do filme!


Da Morte, Com Amor

pensou em conversar com a morte? A primeira história foi dirigida por Mateus Ross e escrita por Rafael Elias dos Santos, e traz a história de um homem que todos os dias procura escrever uma carta de despedida, pois está à espera da morte. Ao longo dos dias ele recebe a visita da “morte”, que o faz perguntas e questionamentos necessários para entender qual o motivo do desejo de partida, aqui ressalto o talento de Tomás Eon Barreiros, que interpretou perfeitamente como a depressão age sobre as pessoas. A história é contada em preto e branco, o que nos faz lembrar do premiado filme “Roma”, ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2019, os tons e a trilha sonora também conseguem transmitir a melancolia e a tristeza que aquele homem está sentindo. A história termina de forma ambígua, o que nos deixa livres para qualquer tipo de interpretação sobre qual será o destino do personagem.


Viagem Compartilhada

A segunda história foi dirigida por Juliany Marinho e escrita por Karolina Santana da Silva, posso dizer que é uma das mais impactantes. A produção acompanha uma menina que é apaixonada por sua melhor amiga, mas por conflitos internos não consegue contar a verdade e vive uma vida para agradar os outros, na volta para casa com uma motorista de aplicativo elas acabam atropelando uma menina, que depois revelou que estava tentando suicídio. A produção aborda temas atuais e necessários como religião, abuso sexual, pressão da sociedade e claro: a depressão, além de em alguns momentos inserir o humor para se conectar com o público e transmitir a mensagem.


Teddy Bear

A terceira e última história dirigida e escrita por Rikardo Santana-Silva, acompanha João, interpretado por Jacob Gallahon, já conhecido por aqui pelo seu filme Trieu, também lançado pela Banana Filmes. A história se passa no futuro e narra a vida de um homem que recebe misteriosamente um urso de pelúcia na porta de casa, ele então tenta contar para seus amigos o que está acontecendo, mas apenas uma amiga o leva a sério. Teddy Bear usa metáforas para falar sobre depressão e passa uma mensagem otimista, já que não estamos sozinhos enfrentando esse vilão.


Dysphoria traz uma antologia com qualidade de imagem e som, com imagens aéreas, cenas gravadas dentro de um carro em movimento e trilha sonora desenvolvida por artistas independentes exclusivamente para o longa. Por se tratar de uma produção independente e desenvolvida durante a pandemia, conferimos um ótimo resultado.


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