A vida é um mistério e quem espera sempre alcança! Após anos de expectativa, finalmente presenciamos o encontro épico de Deadpool e Wolverine nas telonas. O filme estreou em 25 de julho e já é o maior evento nerd do ano!
Mas antes de avançarmos, um aviso importante: este texto contém spoilers violentos do filme. Se você ainda não assistiu, pare agora mesmo, saia do Instagram, jogue o seu celular fora, faça o que for preciso para não saber nada do filme e corra para o cinema o mais rápido possível!!! Confie em mim, vai valer a pena. Se já viu o filme, let's fucking go!
O enredo… ou a proposta
Nosso mercenário favorito, Deadpool, pendurou o seu uniforme vermelho e está tentando levar uma vida mais mundana para reconquistar seu amor, Vanessa. Mas, como sabemos, nada na vida de Wade Wilson é normal. Durante uma festa surpresa de aniversário, agentes da TVA aparecem em sua porta e o levam para conhecer o Paradoxo, um burocrata do tempo interpretado com excelência pelo Matthew Macfadyen, que oferece a ele a chance de se tornar um herói oficial do Universo Marvel.
Em uma reviravolta digna de Deadpool, Wade tem a brilhante ideia de ressuscitar Wolverine de sua linha temporal para salvar seu universo e, mais importante, seus amigos. Isso, claro, envolve muita ação, humor e momentos de pura insanidade que só Deadpool poderia proporcionar.
O filme é generoso em seu roteiro, evitando a complexidade das linhas do tempo e multiversos no UCM. Mesmo que você não tenha visto o episódio cinco da primeira temporada de Loki, você não ficará perdido ao ver Alioth, o monstro de fumaça devorador do Vazio. Deadpool faz referência direta a isso (é a primeira vez que uma série da Marvel é citada em um filme!), mas não se preocupe, você pode pular esse detalhe sem perder o fio da meada.
Caos, sangue e referências!
Apesar de alguns filmes da Fox hoje serem considerados medianos ou datados, não podemos negar seu legado no cinema de heróis dos anos 2000. Deadpool faz uma entrada triunfal na Disney prestando uma homenagem à sua antiga casa da melhor maneira possível: com muitas referências e participações especiais escolhidas a dedo, criando aquele ambiente perfeito de estádio na sala de cinema.
Uma figura encapuzada surge no Vazio para receber Deadpool e Wolverine. A câmera demora um tempo nesse personagem, e quando finalmente revela Chris Evans reprisando seu papel, a plateia vai à loucura. E o melhor: ele não está como Capitão América, mas como Tocha Humana do Quarteto Fantástico da Fox! Quando ele grita “em chamas!”, é um momento de explodir cabeças. Você tinha que estar lá para entender o choque.
Mais tarde, vemos uma equipe formada por heróis rejeitados que nunca tiveram seu final merecido. Elektra de Jennifer Garner, Blade de Wesley Snipes e, pasmem, Gambit de Channing Tatum aparecem em tela. E não são apenas cameos jogados no multiverso para aumentar o hype (alô Multiverso da Loucura), esses heróis realmente contribuem para o plot e a mensagem de redenção do filme. Foi simplesmente lindo de ver. Ah, e não podemos esquecer das várias versões do Wolverine dos quadrinhos que aparecem em takes rápidos, proporcionando um acalento aos fãs de quadrinhos raiz.
Tem muita porrada ao som de Madonna
As cenas de ação do filme são um verdadeiro espetáculo, e não são poucas. O ritmo frenético que já conhecemos da franquia está de volta, mas agora com efeitos premium e um orçamento robusto. A câmera do diretor Shawn Levy captura cada esguicho de sangue com precisão, destacando uma sequência perto do final onde dezenas de Deadpools se engalfinham em um take lateral ao som de Madonna. É uma insanidade visual!
A trilha sonora merece um destaque especial. Feito claramente para os millenials, o filme mescla cenas extremamente sangrentas com uma trilha de rock ou pop que não combina em nada, mas cria uma atmosfera hilária. Ver Deadpool e Wolverine lutando dentro de um carro ao som de Grease é uma pérola deliciosa. E aquele sacrifício final ao som de uma versão épica de Like A Prayer? Foi de arrepiar!
No fundo, é um filme sobre heróis injustiçados buscando seu final honrado. Não poderia haver um melhor plot para Deadpool e Wolverine do que esta mistura perfeita de ação desenfreada e uma metralhadora de piadas que alcançam todos os públicos. Sem esquecer de mencionar: precisamos de mais Emma Corrin em papéis de vilã. E Dafne Keen, você sempre será nossa pitica X23!
Ryan Reynolds usou o poder da amizade, e conseguiu!
Precisou o próprio Deadpool aparecer em cena para avisar o que já estava óbvio: o multiverso parecia uma ideia incrível, mas não funcionou. Não adianta mais insistir nessa ideia. Daqui para frente, Kevin Feige, precisamos de um novo plano.
A Disney chegou ao auge e aprendeu uma boa lição, se for esperta o suficiente para perceber. Com a bilheteria astronômica de Divertidamente 2, e com Deadpool e Wolverine seguindo no mesmo esquema, fica claro que coisas boas levam tempo. Gerar emoções no público e alcançar o topo de forma duradoura requer um legado. Dê tempo às suas produções para que o público realmente conheça e se envolva com a história proposta.
A comoção em torno de Deadpool e Wolverine só é possível devido à longa jornada desses personagens até o que conhecemos hoje. Essa incursão perfeita é como um cometa raro que só aparece a cada 100 anos. É o melhor do mundinho dos filmes de heróis, e é o que nos levou às salas de cinema quando a Marvel estava intacta no topo.
Trazer Deadpool para a Marvel poderia ter sido um desastre, mas o mercenário trouxe consigo toda a liberdade criativa e desbocada que Ryan Reynolds conquistou a duras penas na Fox. Sem esse ingrediente, poderia ter sido um fiasco. Ficou tudo entre amigos, Shawn Levy, Hugh Jackman e Ryan Reynolds, conseguiram! Quero embarcar nessa montanha-russa de novo e de novo.
Comments