Quem ficou para ver um triunfo da Marvel foi muito bem recompensado! Surgindo como a continuação da série animada dos anos 90, X-Men '97 elevou o padrão, conquistando o título de produção mais bem avaliada da Marvel Studios desde o épico 'Vingadores: Ultimato'.
Com cada episódio, a série ia reacendendo uma velha chama nos corações dos espectadores, um sentimento que parecia perdido diante desta onda de estagnação no universo dos super-heróis.
E para celebrar ainda mais esta nova produção, se liga nesses cinco pontos chave que fizeram a série alcançar o patamar de sucesso e ser um dos assuntos mais falados do momento.
Animação da Disney ou novela mexicana?
No coração da animação pulsa um drama digno de novela. Jean Grey e Scott Summers formam o casal perfeito, mas a revelação de Madelyne Pryor como a clone da telepata, e a presença de Wolverine, traz uma tensão palpável. Como se não bastasse, o inesperado triângulo amoroso entre Gambit, Vampira e Magneto adiciona mais tempero à já fervilhante dinâmica do grupo.
Mas muito além das tramas amorosas, X-Men '97 não economiza nos seus diálogos e discussões profundas para cada personagem que apresenta. A série nos convida a olhar além das batalhas, considerando o que realmente significa ser um herói em um mundo que teme e odeia o diferente.
"Você queria o quê, couro preto?"
Com trajes que pareciam saltar diretamente das páginas dos quadrinhos, a série resgatou de volta o colorido e o estilo icônico dos anos 90, forjando uma identidade única e inconfundível.
Desde a fidelidade às HQs, como a cena arrepiante em que Magneto extrai o esqueleto de adamantium de Wolverine, até golpes de ação característicos de Marvel vs Capcom, a fórmula foi utilizar com inteligência as referências que fizeram os X-Men serem tão marcantes.
A série abraçou seu legado com os trajes clássicos marcando presença e os posters nostálgicos que evocavam fitas cassetes na divulgação, provando que a autenticidade e a fidelidade às origens podem trabalhar juntos e criar um produto de altíssima qualidade.
E os Vingadores, não fazem nada?
Bom, falar das participações especiais seria uma lista longa, e com certeza deixaria algum de fora. Demolidor, Manto e Adaga, até o casal sensação Peter Parker e Mary Jane deram as caras no último episódio. E não vamos esquecer do místico (e cirurgião!) Doutor Estranho. O fan service veio forte!
Enquanto um meteoro ameaça cair sob a terra e dizimar grande parte da população, Homem de Ferro e Capitão América parecem estar de folga neste dia! É curioso pensar como esta ausência levanta uma questão: os X-Men, apesar de se juntarem a outras aventuras, sempre tiveram sua batalha própria contra o preconceito e a intolerância da humanidade.
A indiferença do Capitão América para com a Vampira no início da temporada foi golpe baixo. Difícil vai ser defender o "bom soldado" após ele virar as costas para os próprios companheiros.
Magneto estava certo
Entre os muitos acertos da primeira temporada, o destaque indiscutível é Magneto. Ele começa a temporada herdando de Xavier a liderança dos X-Men e intencionado a levar o legado e sonho do amigo a frente, contrariando os seus próprios ideais e convicções.
Após um líder extremista arrancar os poderes de Tempestade, e do violento massacre em Genosha, Magneto percebe que o sonho de Xavier não passa de uma utopia inalcançável. Ele decide retomar sua antiga estratégia, e mostrar todo o seu poder e magnificência diante da intolerância dos humanos.
O rótulo de vilão nunca foi justo para Magneto. Marcado pela tragédia familiar e impulsionado por uma luta incessante pela causa mutante, ele entrega monólogos carregados de ira e ressentimento, mas repletos de lógica e sinceridade, o que entrega uma profundidade especial à narrativa.
Sua visão de mundo reflete a realidade dos mutantes: seres agredidos, provados de seus direitos mais básicos e sufocados por um sistema legal opressor. Magneto estava certo, e sua verdade ressoa com urgência nos dias atuais.
Lembre-se disso
Aparentemente inofensivo no começo, o episódio 5 de X-Men 97 é um ponto de virada crucial na série. O ataque a Genosha nos pega de surpresa, desafiando as nossas expectativas de um final feliz.
As perdas são inesperadas, com a morte de Gambit e Magneto (até o momento). Mas é a cena entre Vampira e Gambit que nos toca profundamente. Enquanto ela o segura em seus braços, a realidade se torna palpável: ela não consegue sentir a presença dele, um silêncio mais alto do que qualquer palavra.
Com uma qualidade do nível "Casamento Vermelho de Game of Thrones", o episódio é tão envolvente que nos faz esquecer que estamos assistindo a uma animação. As lágrimas são inevitáveis diante de tamanha tragédia. Um episódio que por si só possui uma qualidade HBO, mas também nos lembra da fragilidade da vida mutante.
A mim, meus X-Men!
Não é novidade que X-Men '97 se tornou um marco que redefine o que esperamos de animações e produções de super-heróis.
Poderia passar horas listando cada detalhe que faz desta série um triunfo da Marvel, mas as palavras não fazem justiça à experiência de assistir a cada episódio.
Enquanto nos preparamos para a segunda temporada já confirmada, fica a promessa de mais momentos que com certeza nos farão vibrar, refletir e, acima de tudo, nos conectar ainda mais com esses personagens que tanto amamos.
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