Início dos anos 2000, os primeiros smartphones estão começando se fazer presente em cada bolso americano, a marca pioneira na tecnologia tem nome: BlackBerry. A empresa canadense Research in Motion (RIM) criou o famoso celular e logo se tornou uma das mais valiosas empresas de tecnologia ao revolucionar os meios de comunicação. Trazendo o texto para o presente ano de 2023, o BlackBerry era o diamante do início do século, mas o que aconteceu? Por que não são mais encontrados? A seguir confira a crítica do filme que traz a história desse produto que marcou época.
O enredo
O filme BlackBerry detalha todo o percurso da empresa, desde a criação dos primeiros produtos no pequeno escritório entre amigos até os últimos dias de glória da companhia. O longa acompanha de perto a perspectiva dos fundadores da empresa RIM (Mike Lazaridis e Doug Fregin) ainda jovens tentando decolar uma empresa de pesquisa e tecnologia. Os dois, além de terem ideias revolucionárias, entendem bastante de eletrônica, porém são facilmente enganados por tubarões do mundo corporativo, o que fatalmente levaria a empresa a falência. Jim Balsillie entra exatamente nessa lacuna, ele se destaca por ser um homem de negócios bastante agressivo em suas negociações e muito influente no meio das grandes corporações. Jim, ao ver que a empresa dos dois amigos está à beira da falência, oferece-se para comprar parte dela e se tornar Co-CEO. Negócio fechado! Está reformulada a RIM.
No decorrer do filme vai-se mostrando como a RIM operava, os desafios enfrentados, os brainstormings do pessoal de tecnologia, pessoal do comercial, negociações e toda a ascensão meteórica da empresa.
Como já se sabe, mais para o fim do filme, também é abordada a queda da empresa, os problemas que foram enfrentados, a disputa pelo mercado e os concorrentes e por fim como caminhou a vida dos principais líderes da companhia (Mike, Jim, Doug e a própria BlackBerry).
O que achamos
O longa é uma mistura de comédia com drama (você vai rir mais do que imaginava), há uma semelhança com os movimentos de câmera da série The Office, mas podemos citar como ele desperta a nostalgia em quem viveu aquele período dos anos 2000, cada “novidade” apresentada no filme é uma explosão de lembranças, nos faz pensar “Como achávamos isso a tecnologia mais avançada possível?” Mas sim, achávamos o máximo mandar um e-mail através do celular!
O filme surfa muito bem numa onda de longas que abordam a “vida” de empresas, aqui podemos citar alguns: Fome de poder, A Rede Social, Ferrari (Ainda a ser lançado) e Casa Gucci. É muito interessante notar como, ao longo das cenas, não há uma imersão grande nas histórias dos personagens, a intenção é fazer com que o espectador se prenda totalmente a marca, a história e vida da BlackBerry.
Há algumas poucas dicas no final do porquê a empresa não conseguiu se manter pioneira no mundo dos smartphones, mas é tão sutil que deixa aberto a interpretações. O filme se propõe a transmitir o início, meio e fim do smartphone, e o faz de maneira brilhante!
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