Pluribus é a nova série imperdível do criador de Breaking Bad
- Marcos Silva

- 18h
- 2 min de leitura
Depois do estrondoso sucesso de Breaking Bad e do encerramento de Better Call Saul, Vince Gilligan apresenta ao mundo a sua mais nova série. Pluribus estreou na AppleTV+ e já de cara conquistou uma nota 100 de aprovação no Rotten Tomatoes.

Estranho Mundo Novo
Vira e mexe a cultura pop está tentando criar novas invasões alienígenas ou algum vírus que dizimou metade da população a fim de remexer nas crenças e filosofias de uma sociedade que já se encontrava em colapso antes do fardo.
Em Pluribus, a visão é inédita e inovadora, mas não quero dar nenhum spoiler. A série se beneficia muito sem que a história do primeiro episódio seja resumida em qualquer texto ou vídeo.

O que dá para adiantar é que acompanhamos a personagem da Rhea, e ela está bem infeliz com sua vida. Quem sabe uma boa dose de felicidade não possa dar uma mexida nas coisas para ela…
Aceita uma água?
A narrativa envolvente de Vince Gilligan que foi aplicada com maestria em Breaking Bad se replica aqui em Pluribus. Durante as tensas horas dos dois primeiros episódios, a garganta fica seca, o lábio treme e os olhos se encontram hipnotizados na tela onde o artista usa toda a ambientação ao seu favor para prender o espectador. Não dá para desgrudar um minuto sequer. Existe uma história de fundo acontecendo onde todos os detalhes importam.
Diálogos que dizem pouco, cenas que dizem muito. O trabalho de roteiro é fenomenal e esse mesmo esforço é aplicado na fotografia da série. Planos muito bem elaborados, a maioria deles em câmera aberta para capturar todo o escopo da situação que está acontecendo.

A atuação de Rhea como Carol é digna de Emmy. Ela que já se provou como uma excelente atriz em Better Call Saul, retorna para esse projeto como a protagonista perfeita para esse mundo. Rhea tem a capacidade de traduzir exatamente as reações do público diante das situações em que sua personagem está inserida e ao mesmo tempo oferece camadas profundas para Carol.
Existem tantos elementos sendo trabalhados, tanto em frente a tela quanto nos bastidores, que fazem dessa uma série imperdível. As cold openings – aquelas cenas iniciais que parecem aleatórias, mas introduzem a temática do episódio – estão de volta e, com aquele ritmo mais lento, dão aquele tom de desorientação no espectador típico do olhar do Vince.
Nós somos nós
Pluribus já se prova nos seus dois primeiros episódios tendo material suficiente para trazer teorias, simbolismos, visões e muita piração. É uma daquelas séries que vai alugar um triplex na mente, no melhor sentido.

A narrativa única de Vince prende desde o começo, aqui com uma vibe parecida com a série The Leftovers e uma ambientação completa e imersiva, bem com a cara de Twin Peaks. Vá desarmado assistir ao piloto, você não vai se arrepender!






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