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Juntos: body horror demonstra como o relacionamento codependente atrapalha o desenvolvimento pessoal

  • Foto do escritor: Cauê Martins
    Cauê Martins
  • 12 de ago.
  • 3 min de leitura

A convite da Diamond Films, pudemos conferir antecipadamente o longa “Juntos”, que chega aos cinemas dia 14 de agosto. Confira a seguir o que achamos do filme.


Juntos: body horror demonstra como o relacionamento codependente atrapalha o desenvolvimento pessoal

Em “Juntos”, acompanhamos a estória de Tim (Dave Franco) e Millie (Alison Brie) um casal disfuncional que decide deixar a vida suburbana para trás ao se mudar para um bairro isolado, entretanto, Tim e Millie não contavam que o local escondia um segredo perturbador.

Ao ler sobre o enredo, você pode pensar que se trata mais uma vez sobre um filme de terror clichê e genérico, porém nesse caso em específico não é bem assim. Apesar da premissa simplista, a obra carrega consigo grande personalidade e, diga-se de passagem, originalidade.

Ligeiramente conseguimos adentrar ao ímpeto das figuras centrais da estória, e isso acontece em grande parte pela forma como o diretor Michael Shanks conduz a trama, que eu nomearia como uma calmaria ansiosa, fruto de takes com pouca movimentação ou até mesmo informação, porém com um significado fervoroso para aqueles que estão assistindo, temas como codependência emocional, traumas familiares, problemas psicológicos e religiosidade são alguns dos assuntos que dão vida à catarse.


Juntos: body horror demonstra como o relacionamento codependente atrapalha o desenvolvimento pessoal

O casal núcleo da trama é composto por Tim, um músico de 35 anos que ainda sonha em se tornar uma estrela mesmo após traumas familiares afetarem sua capacidade para atingir esse feito, que por sinal já se demonstrava ser quase que inalcançável. Já do outro lado da moeda temos Millie, a cara metade de Tim, companheira e dotada de um grande amor por crianças, (visto que a mudança de cidade foi impulsionada após ela ser convidada a lecionar para o ensino fundamental em uma escola local) Millie, mesmo que empática em relação ao seu parceiro e seus traumas, tende a se mostrar reprimida tanto sexualmente quanto emocionalmente em relação a Tim, seja por situações constrangedoras em frente aos colegas do casal, ou até mesmo uma maior preocupação de Tim com suas músicas e demos ao invés de seu bem-estar.

Como dito antes, tudo isso consegue ser muito bem representado e, apesar da direção ter créditos em grande parte disso, ela não é a única, acredito que esse filme não seria o mesmo sem a dupla de atores principais Dave Franco e Alison Brie (que por sinal, são de fato um casal na realidade também) ambos conseguem trazer uma química transbordante em tela, não só romanticamente como atuando também, é como se um completasse o outro.


Juntos: body horror demonstra como o relacionamento codependente atrapalha o desenvolvimento pessoal

Ao desenvolver os assuntos discutidos antes, Michael Shanks trabalha em cima deles de uma forma puramente explícita. Para além do terror convencional, temos a face do ser humano, suas fragilidades, falhas e religiosidades sobre o olhar fantasmagórico comumente usado nas películas de terror. Aqui não temos os humanos fugindo de fantasmas ou algo do tipo, e sim fugindo de outros humanos, até mesmo o seu próprio parceiro, afinal, a possibilidade de se juntar àquele que ama nem sempre parece tão tentadora.

Em suma, Juntos é um suspiro de alívio ao cinema body horror, na falta de grandes filmes do gênero, temos esse que juntamente com visuais chocantes e muito bem-feitos, consegue trazer uma mensagem profunda e impactantes por trás, e pasmem, tudo isso com um tom de comédia muito bem equilibrado! O filme demonstra ser de fato, mais do que parece.


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