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  • Foto do escritorMaurício Neves

Hellboy e o Homem Torto: o vermelhão precisava de outro reboot?

Hellboy e o Homem Torto marca o segundo reboot do vermelhão, assim como a quarta produção sobre o personagem. Dirigido por Brian Taylor, a partir de um roteiro escrito por ele, Mike Mignola e Christopher Golden.


O primeiro de uma potencial série de filmes adapta a série limitada O Homem Torto, escrita por Mignola, e conta com Jack Kesy, Jefferson White e Adeline Rudolph no elenco. Visando retratar um Hellboy mais jovem e errante, o longa traz influência de terror parecida aos quadrinhos, com classificação restrita.


Será que o personagem precisava de outro reinício? A convite da Imagem Filmes, assistimos à produção antecipadamente. Confira a seguir as nossas considerações do longa, que chega no dia 5 de setembro aos cinemas brasileiros.

Hellboy e o Homem Torto: o vermelhão precisava de outro reboot?

O enredo

Durante a década de 1950, Hellboy (Jack Kesy) se junta à Bobbie Jo Song, uma agente da BPDP (Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal) para uma investigação nas Montanhas Apalaches. A remota e assombrada comunidade dominada por bruxas é liderada pelo demônio local, conhecido como O Homem Torto, enviado de volta à Terra para coletar almas para o diabo. Enquanto exploram os mistérios do lugar isolado, Hellboy enfrenta segredos do seu passado que ameaçam instaurar o caos no mundo.

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O roteiro

O filme começa em 1959, nos apresentando Hellboy, Jo e seu estagiário em um vagão de trem, transportando uma caixa que carrega uma aranha teia-de-funil, considerada a mais perigosa do mundo.


Ao sentir fenômenos bizarros, a aranha fica acelerada, escapando da caixa, atacando os passageiros e matando o estagiário, ao mesmo tempo que o vagão se solta e todos vão floresta adentro.


Dentre as árvores, a aranha começa a mudar de tamanho, diminuindo, o que faz com que Hellboy e Jo a percam. Ao se perguntarem o que fez a aranha “enlouquecer”, Hellboy comenta que naquele local acontecem coisas sombrias.


Após procurar por ajuda, ambos chegam em uma casa onde encontram um cara “embruxado” no chão, sem se mexer. As pessoas no local, então, dizem que aquilo foi um feitiço de Cora Fisher, uma bruxa. Tom Ferrell, passando pelo lugar para visitar sua família, diz que encontrou uma bola enfeitiçada na soleira do personagem encantado.


Hellboy quer partir; Jo sente algo estranho e insiste em investigar. Ao chegar na casa de Cora, Tom conta a ambos sobre O Homem Torto, um homem muito rico que foi assassinado e retornou como um demônio para coletar almas para o diabo.


Com um início promissor, o longa se perde após a introdução. A partir do segundo ato, a história fica lenta e confusa, não prendendo o telespectador e dando a sensação de que a hora não passa.


Outro ponto negativo é a tentativa forçada de criar um relacionamento romântico entre dois personagens que, até então, tinham química apenas como amigos. Embora o filme seja bonito visualmente e com um clima sombrio intrigante, a conexão com o roteiro se perde e você só quer que a produção termine logo.

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O elenco

Com um elenco cheio de rostos desconhecidos, Jack Kesy é o destaque da produção e o que mais se entrega ao personagem, fugindo das personalidades criadas anteriormente por Ron Perlman (2004 e 2008) e David Harbour (2019).


Jefferson White e Adeline Rudolph também se esforçam em oferecer personagens simpatizantes pelo público, mesmo que o roteiro não contribua para isso. Apesar disso, parte do elenco apresenta uma atuação fraca, e muitos personagens passam sem um desenvolvimento aprofundado.

Hellboy e o Homem Torto: o vermelhão precisava de outro reboot?

Considerações

Hellboy e o Homem Torto nos entrega efeitos especiais ruins, isso é devido ao seu baixo orçamento, que faz parecer ser uma série de televisão ou uma produção feita por fãs.


Embora seja uma adaptação mais fiel à obra original, o filme sai sem muita repercussão, sendo também a produção do universo Hellboy com a menor duração até então. A atmosfera e a fotografia destacam-se, mas o filme falha em todos os outros aspectos. No fim, é um projeto confuso, entediante e cafona.


Respondendo à pergunta do título: não, outro reboot de Hellboy não era necessário. É provável que tenhamos uma terceira reinicialização em alguns anos. Os brasileiros assistirão ao filme antes dos americanos (nos EUA, ainda sem previsão de lançamento), mas isso não é um privilégio.


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