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Foto do escritorMaria Tosin

Meu Nome é Gal: é preciso estar atento e forte


A convite da Paris Filmes conferimos antecipadamente o filme nacional Meu Nome é Gal, que conta a história de uma das cantoras mais importantes do Brasil, Gal Costa. A produção estreia dia 12 de outubro nos cinemas e você confere nossa crítica a seguir!


Sobre o enredo

O longa traz a história da cantora baiana Gal Costa, menina tímida que sempre soube que a música seria seu destino. Criada pela mãe Mariah, ela viajou para o Rio de Janeiro quando tinha 20 anos para ser cantora, lá ela encontra os amigos da Bahia, apenas Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha. É importante ressaltar que ao contrário do filme Nosso Sonho, que conta a história dos MCs Claudinho e Buchecha, o filme Meu Nome é Gal não segue uma ordem cronológica da vida da cantora, como infância, adolescência, ascensão e sucesso, dessa forma, o filme quebra com as expectativas de quem esperava uma clássica biografia de Gal.


É sobre música

Apesar do filme ser intitulado como uma biografia de Gal Costa, ele se perde em vários momentos e seu foco fica dividido entre a cantora e outros artistas que faziam parte da Tropicália. É claro que o filme mostra a importância de Gal Costa no período da ditadura militar e tenta retratar a insegurança vivida pelas pessoas naquelas época, em especial pelos músicos. A produção acaba não sendo exclusivamente sobre Gal, aliás, Caetano Veloso possui praticamente o mesmo tempo de tela dela, os dois eram inseparáveis naquela época.




Sobre o elenco

É difícil imaginarmos que Gal já foi algum dia tímida, mas mostrar esse lado da cantora foi papel de Sophie Charlotte, que interpretou muito bem as várias fases da cantora, só pecou em algumas cenas de canto, onde parecia que Sophie não conseguiu transparecer toda a força de Gal Costa. Preciso dizer que o elenco foi escolhido a dedo a fim de parecerem exatamente como os jovens cantores da época. Rodrigo Lélis, Dan Ferreira e Dandara Ferreira são muito similares a Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia jovens.


Sobre o som

Como o filme é sobre música, nada mais justo que comentar esse item também, gostaria de não trazer defeitos, mas infelizmente terei que citar alguns. Há cenas em que Sophie Charlotte canta com a própria voz e há algumas cenas que ela dubla a voz de Gal Costa, nas cenas de dublagem parece haver uma falta de sincronia que pode ser notada por quem assiste ao filme, além disso, em momentos em que são usados vídeos reais da ditadura, por exemplo, o áudio fica muito mais alto que o áudio original do filme.


Nosso veredito

Fazendo um balanço sobre a produção como um todo, ela faz uma bela homenagem a Gal e aos outros cantores da Tropicália, além de nos levar de volta no tempo para a história do Brasil, mas peca em não retratar de forma completa a trajetória de Gal, pouco se mostra sobre sua infância e o filme acaba enquanto Caetano Veloso e Gilberto Gil estavam exilados na Inglaterra. É uma biografia abstrata, diferente do que estávamos acostumados a ver, mas que com certeza iria agradar Gal Costa.


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