A Melhor Mãe do Mundo: mais um trabalho brilhante de Anna Muylaert
- Maria Tosin

- 29 de jul.
- 2 min de leitura
A convite da Galeria Distribuidora, assistimos antecipadamente ao filme “A Melhor Mãe do Mundo”, novo filme da diretora Anna Muylaert, conhecida por sucessos como “Que Horas Ela Volta?” e “É Proibido Fumar”. Confira a seguir o que achamos do filme que chega dia 7 de agosto nos cinemas!
O enredo

O filme acompanha a catadora de recicláveis Gal, que decide fugir dos abusos do parceiro Leandro, que depois de beber costumava abusá-la e agredi-la. Ela então parte em uma jornada para proteger seus dois filhos, uma mulher sem teto e sem dinheiro focada em buscar ajuda para recomeçar e viver longe de um relacionamento abusivo.
O roteiro
Logo no início acompanhamos Gal na delegacia com um olho roxo denunciando seu companheiro Leandro, ela então decide que não quer mais ficar na relação, busca seus filhos na casa do ex e parte com seu carrinho rumo a casa de sua prima que mora em um bairro distante. Para acalmar as crianças ela inventa que eles estão prestes a viver uma aventura, que dormir na rua é “acampar”, transformando a jornada de dor e sofrimento em uma viagem divertida.
O melhor do cinema brasileiro é reconhecer nossa cultura, a realidade brasileira, a desigualdade, e isso Anna Muylaert faz com maestria. A Melhor Mãe do Mundo nos faz lembrar e muito do filme “Que Horas Ela Volta?”, mas dessa vez trazendo como foco um assunto muito importante para ser debatido no país, a violência doméstica. A realidade de Gal com certeza é a realidade de milhares de mulheres que se veem presas em um relacionamento tóxico, pois dependem financeiramente de seu parceiro.

O roteiro não é complexo, muito pelo contrário, é simples, fácil de ser compreendido, mas entretém e nos envolve a cada novo personagem que é apresentado. Acredito que essa escolha foi ótima, pois o filme pode ajudar muitas mulheres a terem coragem de sair da mesma situação.
O elenco
Shirley Cruz interpreta Gal e já marcou presença em diversos filmes nacionais de peso, como “A Vida Invisível”, Shirley interpreta de forma incrível sua personagem, nos fazendo criar um afeto por ela. Já Seu Jorge, interpreta Leandro, par romântico de Shirley, sempre que vejo o cantor atuando gosto muito do resultado, acredito que ele deveria investir cada vez mais em sua carreira como ator. O destaque fica para a dupla de atores mirins que dão o brilho a cada cena, em especial Benin Ayo, que deixa transparecer que boa parte de suas cenas são improvisadas.

Nosso veredito
A Melhor Mãe do Mundo é um retrato do Brasil, das mulheres e das mães, que apesar de tantas dificuldades tentam transformar o dia a dia dos filhos da forma que dá. A produção é simples, direta e essencial para os cinemas brasileiros atualmente.






Comentários