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  • Foto do escritorArthur Ripka Barbosa

A decepcionante jornada que foi Obi-Wan Kenobi


Da tão malfalada trilogia prequela, os fãs de Star Wars possuem basicamente duas certezas: que os filmes são uma fonte inesgotável de memes e de que Ewan McGregor conseguiu entregar uma excelente versão do já conhecido Obi-Wan Kenobi, personagem que fora interpretado por Alan McGuinnes na trilogia original. O anseio pelo retorno do ator no papel sempre foi grande, sobretudo quando a Disney adquiriu os direitos da franquia, e que foi atendido com o anúncio da série da personagem para o Disney+. Porém, a série deixa muito a desejar e falaremos o porque.


A história é fraca

Obi-Wan, que vivia isolado em Tatooine e cuidava de longe do menino Luke Skywalker, é chamado pela família real Organa para salvar a pequena princesa Leia (Vivian Lyra Blair), que foi sequestrada. Então vemos os dois cruzando a galáxia com a ajuda dos rebeldes, enquanto são caçados pelos inquisidores, principalmente Reeva, a Terceira Irmã (Moses Ingram) e de Darth Vader (Hayden Christensen - movimentos/James Earl Jones - voz). E a história fica por aí, numa estrutura muito similar à vista em O Mandaloriano, mas que pouco refresca o universo de Star Wars, uma vez que muitos das novas personagens apresentadas já eram canônicas, sobretudo na animação Clone Wars.


Aposta demais na nostalgia

O anúncio da série, como dito anteriormente, já era um aceno à nostalgia, assim como o fato de trazer de volta de Hayden Christensen, que entregou uma atuação bem questionada como Anakin Skywalker na trilogia prequela, dessa vez para viver o maior vilão da história do cinema (e de certa forma continuar a história de Anakin), Darth Vader. Então a série começa e logo temos a presença da pequena Leia e da família real de Alderaan, flashbacks da Ordem 66 e da batalha entre Obi-Wan e Anakin. Isso mostra que a série não buscava avançar na mitologia das personagens, mas tão somente reforçar suas posições e características, bem como se apoiar no sentimento de nostalgia dos fãs. É tão nítido isso que os momentos de maior tensão são aqueles que focam nos duelos entre Vader e Obi-Wan e que trazem um cenário tão somente de revanche para o vilão.



Os pontos altos

Claro que nem tudo é negativo. Vale destacar que as atuações foram o ponto alto da série, apesar do roteiro pouco colaborar com isso, trazendo diálogos fracos e situações fracas. Hayden Christensen consegue se redimir ao incorporar Darth Vader, dando a ele a demonstração de força, ódio e vilania suficientes somente pelos movimentos. Ewan McGregor está leve como Obi-Wan e entrega uma atuação natural, mesmo após tanto tempo. Mas a grande surpresa fica por conta da jovem Vivian Lyra Blair, que imprime todos os trejeitos e características que Carrie Fisher deu à Leia Organa. Outro ponto alto fica por conta dos confrontos entre Vader e Obi-Wan, que transmitem a dualidade marcada pelos dois na Força, mas que também carregam os sentimentos de rancor e arrependimento presente na relação deles. E por fim, o maior acerto, e isso extrapolando até mesmo a série, fica por conta de como a Disney foi capaz de entender a vilania de Darth Vader e deixá-lo ainda mais aterrorizante do que já era.


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