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  • Foto do escritorArthur Ripka Barbosa

O tesouro escondido chamado Tales From The Loop

Atualizado: 17 de jul. de 2020



Se você pudesse encontrar o você do passado, o que você se diria? Como seria viver a vida de outra pessoa por um dia? E se pudéssemos travar um momento no tempo? Certamente essas perguntas você já ouviu e ou se fez. E são justamente elas que a série exclusiva do Amazon Prime, Tales From The Loop, explora. A seguir falaremos de alguns aspectos que fazem da série um verdadeiro tesouro escondido.


Enredo


A história se passa na cidade americana de Mercer, onde há, em seu subterrâneo, um centro de pesquisas tecnológicas cuja força motriz vem de um objetivo bem estranho, chamado de Loop. É nele onde a maioria dos adultos da cidade trabalha e dele é que vêm as tecnologias avançadas e que servem para criar os plots dos episódios. Cada episódio acompanha um personagem diferente, jovem na maioria das vezes, que, após entrar em contato com uma tecnologia diferente daquelas usuais, deve lidar com as situações criadas por elas, muitas vezes sem a ajuda dos adultos, que são mais distantes dos mais jovens.


O mundo da série

Inspirada no livro de ficção de mesmo nome, escrito por Simon Stålenhag, a série se passa no nosso mundo, mas não bem a nossa realidade. Ela é um sci-fi retro-futurista, ou seja, eventos do passado influenciaram a forma como a tecnologia se desenvolve no futuro. É notável o "que" oitentista nos aparelhos, mas algumas tecnologias estão anos à frente da nossa. Embora nos impressione, essas tecnologias mostradas fazem parte do cotidiano dos personagens, por isso suas relações com elas são de indiferença, exceto quando elas são muito diferente.



A quebra de expectativa


Após ler tudo isso você deve estar esperando uma verdadeira série épica, que vai buscar entender a origem das coisas, não é mesmo? Mas aí é que a beleza da série está: ela está bem longe disso. Os clímax dos episódios estão na quebra de expectativa dos personagens originada da saída da monotonia do cotidiano. O seu ritmo está longe do acelerado que sci-fis usam, tornando-a um pouco arrastada, mas que ainda assim prende o espectador e que se justifica em cada virada. E são nessas viradas que vemos ela se tornar uma série introspectiva ao responder perguntas como aquelas citadas no início.


A qualidade técnica


Não são só as histórias que fazem da série um excelente entretenimento. A fotografia dos episódios cumpre bem o objeto de inserir-nos no universo da série, apresentando bem como as tecnologias fazem parte da paisagem, além das relações dos personagens com elas. Destaca-se, também, a qualidade do roteiro e das atuações de nomes como Jonathan Pryce, Rebecca Hall e Paul Schnider, mas sobretudo, do elenco jovem, que protagoniza a série.


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