Gen V - 2ª Temporada prepara o terreno para final apoteótico em The Boys
- Marcos Silva

- 28 de out.
- 2 min de leitura
Depois de quase dois anos de espera, Gen V finaliza o segundo ano com uma inevitável conexão com os acontecimentos de The Boys. Antes de imaginar o futuro, a toada dos oito novos episódios semanais criaram uma narrativa empolgante, cativante e também carregada de tensões.

Essa nova temporada abandona um pouco o tom de besteirol universitário que consolidou a primeira e dá espaço para trabalhar melhor os personagens principais, seus traumas e a evolução de cada um deles, como indivíduos e como uma equipe.
As Crianças Não Estão Nada Bem
Entre os destaques de atuação, Jaz Sinclair carrega com segurança, tanto nas curvas dramáticas quanto nas cenas mais intensas que Marie enfrenta nesta temporada. Ser a protagonista em meio a um elenco carismático e harmonizar com o tom absurdo de Gen V é um trabalho difícil, mas Jaz tira de letra.
Quem ganha destaque também é Lizze Broadway. A Emma, que na primeira temporada vivia presa na autodepreciação e em distúrbios alimentares, agora encontra forças justamente na vulnerabilidade. A personagem ganha uma nova vida ao entender que não precisa se diminuir (literalmente e metaforicamente) para se sentir poderosa. Lizze reserva não só os momentos de descontração, mas também o coração da equipe. Sua parceria com Polarity é um dos pontos mais altos da temporada.

Aliás, Sean Patrick Thomas é também um dos atores que mais ganhou espaço. Um pai que lida com o luto da perda recente do filho e da raiva interna de respostas não contadas, Polarity é o adulto que mais erra, e por isso mesmo, o mais humano.
A série também acerta ao lidar com a perda do ator Chance Perdomo de forma respeitosa, e colocando o personagem do Andre como o fio narrativo, deixando a memória e legado do personagem e do ator vivos na série.
Mais forte que o Capitão Pátria
O roteiro amadureceu tanto na construção de uma trama maior como também das dinâmicas entre os personagens. Existem alguns momentos de barrigada e outras felizes coincidências no caminho, mas não é nada que arruine a experiência em si. Os episódios foram bem divididos semanalmente o que gerou curiosidade na audiência para continuar assistindo até o final.

A grande surpresa da temporada é até previsível. A revelação de que Thomas Godolkin está vivo, é um super e controla o novo reitor parece ter sido propositalmente implementada para ser assim. Até mesmo a descoberta da equipe de herois sobre a identidade do vilão tem um ar de ‘Scooby Doo’ na dinâmica do grupo que particularmente agrada.
Vem aí…
Gen V é um spin off que encontrou a sua própria voz. Assim como as irmãs Breaking Bad e Better Call Saul. Guardando as suas devidas proporções e propostas, claro.

Estamos falando de um spin off que transmite mais estilo e trabalha mais conceitos sem precisar se escorar tanto nos absurdos do próprio universo. Além dos personagens, que causam mais conexão com o público do que a série principal propõe.
Se existe um motivo real para esperar ansioso pela próxima temporada de The Boys, ele está aqui: nas novas adições à Resistência e na promessa de um final apoteótico.






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