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Desconhecidos: a narrativa como instrumento de tensão

  • Foto do escritor: Cauê Martins
    Cauê Martins
  • 1 de abr.
  • 2 min de leitura

A convite da Paris Filmes, assistimos antecipadamente ao filme “Desconhecidos”, que estreia dia 3 de abril nos cinemas. Vem saber o que achamos!


Premissa

Desconhecidos: a narrativa como instrumento de tensão

"Desconhecidos”, ou também dito como “o filme do momento”, é dirigido pelo jovem cineasta J.T. Mollner, que consegue criar através de diferentes elementos estilísticos um grande, único e coeso quebra-cabeça. (Lembre-se disso mais para frente.)

Somos apresentados à premissa de um misterioso e implacável homem, destinado a perseguir uma jovem mulher ferida, em meio às matas selvagens de Oregon, Estados Unidos. Mas por quê? Qual é a sua motivação? Qual é o seu objetivo? É isso que a premissa de “Desconhecidos” nos indaga logo de cara.


Elenco

Desconhecidos: a narrativa como instrumento de tensão

A obra foca majoritariamente em apenas dois personagens em sua trama, e algo que nos agradou muito foi a escolha do elenco para dar vida a eles. A jovem moça, intitulada como “The Lady”, é interpretada pela promissora Willa Fitzgerald, atriz essa que atuou em séries conhecidas, como é o caso de Scream, e, mais recentemente, Reacher, e vem pouco a pouco trilhando um caminho para um maior destaque em seus papeis. Já interpretando a outra peça do tabuleiro, mais conhecido como “The Demon”, temos Kyle Gallner. O ator é conhecido pelo seus papeis em grandes obras do cinema de terror moderno, como Pânico 5 e, o recém-lançado, Sorria 2.

Nossa impressão

A partir de nossa experiência, gostaríamos de destacar um outro ponto que nos surpreendeu positivamente: a ousadia do diretor em usar de artifícios pouco convencionais para desenvolver sua narrativa e contar sua história, tornando um enredo que outrora se parecia apenas mais um clichê da grande Hollywood em uma experiência marcante e com uma grande dose de personalidade. Pensando nisso, como exemplo, atrelamos aos ditos “artifícios poucos convencionais”o fato de a equipe técnica optar por sons estourados em momentos de balbúrdia, causando-nos uma estranheza útil, até certo ponto, a qual nos conduz ao inerente caos que se instaura a cada cena.

Desconhecidos: a narrativa como instrumento de tensão

Enquanto percebemos isso, já estamos sendo inseridos gradativamente ao ponto alto do filme, que é a sua montagem não linear. A obra é dividida em seis capítulos, tendo cada um deles, em média, 15 a 20 minutos. Dito isso, lembra que eu falei para guardar o conceito de “quebra-cabeça”? Então, a cada capítulo, somos realocados a um outro completamente aleatório. Usando esse conceito a seu favor, a obra nos instiga a usar o nosso senso crítico e, tal qual um fator primordial do gênero suspense, induz o próprio telespectador a criar a sua própria investigação conforme o filme se desdobra, a fim de encontrar a motivação por trás do gato e rato ali mostrado.

No geral, “Desconhecidos” é um filme que foge de toda essa padronização hollywoodiana que estamos inseridos nos dias atuais. Apesar de não ser o ápice da inovação cinematográfica (o que, diga-se de passagem, não é o seu objetivo), a obra é de fato muito divertida. Acompanhar os desdobramentos e as reviravoltas que o filme nos apresenta em seu decorrer é, sobretudo, satisfatório!


O longa-metragem estreia esta semana nos cinemas brasileiros.


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