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“Os Estranhos: Capítulo 2” repete os mesmos erros do filme anterior

  • Foto do escritor: Maurício Neves
    Maurício Neves
  • 25 de set.
  • 3 min de leitura

Os Estranhos: Capítulo 2 é o quarto filme da franquia e a segunda parte de uma nova trilogia, dando sequência ao longa de 2024.


Dirigido por Renny Harlin e estrelado por Madelaine Petsch, Gabriel Basso e Ema Horvath, fomos convidados pela Paris Filmes para assistir antecipadamente ao projeto.


Confira a seguir nossas considerações sobre a obra, que chega hoje aos cinemas brasileiros.

“Os Estranhos: Capítulo 2” repete os mesmos erros do filme anterior


Enredo

Seguindo os acontecimentos logo após o final do filme anterior, os assassinos mascarados descobrem que Maya, uma de suas vítimas, escapou da morte e continua em recuperação no hospital. Quando voltam para dar um fim definitivo, a jovem é colocada em perigo e, sem poder confiar em ninguém, precisa lutar para sobreviver enquanto é perseguida.

“Os Estranhos: Capítulo 2” repete os mesmos erros do filme anterior

Roteiro

Dando sequência aos eventos do primeiro filme, Maya se recupera no hospital após os ataques dos assassinos. Ao ser interrogada pela polícia, percebe-se rapidamente que a autoridade esconde alguma coisa.


Não demora muito para os mascarados descobrirem que a protagonista sobreviveu, e logo voltam a persegui-la. Embora a história se passe em uma cidade pequena, é estranho que todos os lugares estejam sempre muito vazios — principalmente o hospital.

Maya, que levou uma facada no filme anterior, foge como se estivesse 100% recuperada. Os assassinos parecem sempre saber onde ela está, e diversas decisões forçadas servem para prolongar uma trama que não tem mais para onde ir. O elenco de apoio, por sua vez, não apresenta profundidade e existe somente para acrescentar tempo ao filme.


Além disso, a produção tenta explicar, de forma desnecessária, o motivo dos assassinos serem como são (e, no fim, não explica nada).


O resultado é genérico e dificilmente vai convencer um público mais exigente do gênero. Embora a qualidade tenha melhorado em relação ao capítulo anterior, nada soa real, e nem mesmo o cliffhanger empolga para o desfecho da trilogia.

“Os Estranhos: Capítulo 2” repete os mesmos erros do filme anterior

Elenco

Madelaine Petsch demonstra estar mais familiarizada com o universo e com sua personagem, mas ainda passa a sensação de estar somente cumprindo tabela — entregando o mínimo. Ela carrega 95% do filme nas costas, não por escolha, mas por obrigação. Sua personagem carece de carisma para gerar torcida.

Froy Gutierrez aparece rapidamente em flashbacks e sonhos, servindo para intensificar a carga emocional da protagonista.


Gabriel Basso, assim como o restante do elenco, surge em cenas pontuais, sem muito desenvolvimento, mantendo o mistério sempre no ar.

“Os Estranhos: Capítulo 2” repete os mesmos erros do filme anterior

Considerações

Começo dizendo que Os Estranhos (2008) é um dos meus filmes favoritos. Toda vez que anunciam uma sequência, crio a esperança de ver algo no mesmo nível (e também de um retorno da Liv Tyler, rs). A sequência de 2018, além de ter chegado tarde demais, é totalmente desnecessária e com qualidade duvidosa — embora conte com um elenco bem bacana (P.S.: #JusticeForChristinaHendricks).


Ano passado, quando anunciaram esta trilogia, fiquei animado. Porém, o Capítulo 1 se mostrou uma tentativa pobre de refazer o longa original. Como sempre estou disposto a dar uma segunda e até uma terceira chance, cá estou novamente.


Os Estranhos: Capítulo 2 erra nos mesmos pontos do antecessor. Ainda vemos tentativas de explicações em que nada é realmente explicado — sendo que, para ser sincero, nem tudo precisa de explicação. Essa era justamente a força do original: os assassinos faziam o que faziam simplesmente porque queriam, e ponto.

Esta sequência até tenta ser maior que o capítulo anterior, com direito a uma homenagem a Halloween II (que, convenhamos, é tão bom quanto o original — e até hoje não entendo por que foi ignorado na trilogia de David Gordon Green). Mas não há como levar essa nova trilogia a sério, já que reúne todos os clichês do terror em um só lugar. Em muitos momentos, o filme ainda se sustenta em flashbacks da produção anterior.


A obra começa do nada e termina do nada. É bem provável que muitos nem tenham paciência para chegar ao Capítulo 3, ainda sem data oficial de estreia.


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