“Morra, Amor” é tudo menos aquilo que gostaríamos
- Maria Tosin

- há 6 dias
- 2 min de leitura
A convite da Paris Filmes assistimos antecipadamente ao filme “Morra, Amor”, que chega aos cinemas no dia 27 de novembro. Confira o que achamos!
O enredo

O filme acompanha um casal que se muda para uma cidade rural no interior dos Estados Unidos. A mulher, Grace, depois da chegada do primeiro filho, luta com a maternidade, o casamento e a psicose. O filme é baseado no livro de mesmo nome de Ariana Harwicz.
O roteiro
Definitivamente o roteiro não é nada do que esperávamos, inicialmente acompanhamos o casal chegando a casa no interior dos EUA, a primeira parte do filme é realmente bem arrastada, com muitos momentos de silêncio completo. Vemos que Grace e Jackson têm uma conexão, mas é a partir da chegada do primeiro filho que o roteiro se torna em uma história sem pé nem cabeça.
Somos convidados a acompanhar as loucuras de Grace, ou melhor, a sua depressão pós-parto, ela parece ter cedido aos pensamentos intrusivos e começa a fazer as mais loucas atrocidades, desde se jogar do carro em movimento até tentar atravessar uma porta de vidro, por mais de uma hora de filme acompanhamos Grace enlouquecendo, enquanto Jackson assiste aquilo sem saber o que fazer.

O filme faz com que o espectador se sinta incomodado a maior parte do tempo, principalmente por conta do barulho de moscas voando e do cachorro adotado por Jackson que não para de latir um segundo, se o objetivo do filme era levar o espectador também a loucura, esse objetivo foi atingido.
A verdade é que você torce para que o filme tenha um desfecho logo e que esse desfecho traga explicações para todas as loucuras que assistimos, mas realmente era esperar demais de um roteiro que nasceu sem rumo. Percebe-se que o objetivo do filme era trazer os dilemas que acompanham a mulher após ela se tornar mãe, a rejeição do marido e por aí vai, me lembrou muito o filme Mother, também com Jennifer Lawrence (que eu não suporto).
As atuações

Eu devo elogiar a atuação de Jennifer Lawrence, ela deu o melhor de si para interpretar um roteiro confuso e ambíguo. Eu nem deveria citar o pobre Robert Pattinson, se ele teve mais de cinco falas ao longo do filme é muito, vemos apenas aquele olhar sofrido que conhecemos em Crepúsculo, o roteiro não deixou ele mostrar nem 1% do seu potencial.
Nosso veredito
Ninguém estava preparado para “Morra, Amor”, de um dos filmes mais aguardados se tornou em uma das maiores decepções do ano para mim, ele simplesmente entra na prateleira de filmes feitos para os críticos elogiarem, mas que para o público se transforma em um tortura de quase duas horas.






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