A Vida de Chuck é diferente de tudo que você já viu das adaptações de Stephen King
- Maria Tosin

 - 28 de ago.
 - 3 min de leitura
 
A convite da Diamond Filmes, assistimos antecipadamente ao filme “A Vida de Chuck”, mais uma adaptação dos livros de Stephen King, que chega aos cinemas no dia 4 de setembro. Vem saber o que achamos!
O enredo

A produção é baseada no conto de Stephen King “A Vida de Chuck”, que faz parte da coletânea “Com Sangue”, e narra a trajetória de Charles Chuck Krantz, mas de forma inversa, começando pela sua morte e indo até sua infância, é uma história sobre a vida e como estamos aproveitando nossa existência.
O roteiro
O roteiro segue a ordem dos fatos do conto de Stephen King e pode causar estranheza por isso, já que a história acontece de trás para frente. Stephen King é conhecido por suas histórias de terror e suspense, mas em “A Vida de Chuck” ele aposta em uma linguagem muito mais voltada ao drama, diferente de tudo que nós conhecemos sobre o famoso escritor. O diretor é Mike Flanagan, conhecido por dirigir filmes e séries de terror e suspense, como Ouija: A Origem do Mal, Doutor Sono e A Queda da Casa de Usher, se desafia também em um outro caminho.
O filme é dividido em três atos, no primeiro ato o escritor quer nos causar medo ao representar o fim do mundo, nos fazendo refletir como vamos agir quando esse dia chegar, ao mesmo tempo vemos diversas mensagens agradecendo Chuck pelos 39 anos de trabalho, mas não sabemos ao certo quem é Chuck e porque as pessoas o estão agradecendo, fazendo com que o personagem se torne um tipo de lenda ou fantasma.

O segundo ato é o que mais me agradou e mostra Chuck em um dia comum de viagem a trabalho, em que uma simples atitude faz com que ele transforme um dia qualquer em um dia extraordinário, não só para ele, mas para outras pessoas também, nesse ato descobrimos que Chuck estava doente e morreu jovem, com 39 anos.
O terceiro e último ato nos faz viajar pela infância e adolescência de Chuck, nesse momento o tom de suspense retorna, uma forma curiosa que Stephen King achou de falar sobre traumas e medos que temos e que ao longo da vida nos tornam nossos maiores monstros. O filme finaliza com uma brilhante mensagem sobre a experiência humana por meio de temas como amor, perda e significado da existência.
Na minha opinião, apenas o primeiro ato daria um belo de um filme no estilo Stephen King e trazendo algumas referências a Jordan Peele, acredito que o conto seria melhor aproveitado se fosse contado por meio de uma minissérie, a forma como o filme foi montado pode incomodar algumas pessoas, mas apesar disso, é uma experiência que vale ser vivida.
O elenco

Tom Hiddleston interpreta Chuck na vida adulta, o ator ficou ainda mais conhecido depois de entrar para o universo da Marvel para interpretar o super-herói Loki, em “A Vida de Chuck” Tom mostra que não sabe só interpretar Loki, mas também outros personagens de forma espetacular, sem contar as cenas hipnotizantes de dança feitas pelo ator. Temos também Jacob Tremblay, interpretando Chuck mais jovem, Jacob ganhou o coração de Hollywood em O Quarto de Jack e Extraordinário, e continua trilhando um caminho espetacular. Não posso deixar de mencionar Mark Hamill, que interpreta o avô de Chuck, nosso eterno Luke Skywalker retorna às telas em grande estilo, com uma interpretação impecável.
Nosso veredito

A Vida de Chuck é diferente de tudo que já vimos de Stephen King e Mike Flanagan, um filme sensível e necessário nos tempos em que vivemos. Quantos anos ainda temos para aproveitar nossa vida na Terra? Será que estamos aproveitando de maneira certa? Essas são perguntas que com certeza vão passar pela sua cabeça enquanto assiste ao filme, que com certeza pode pintar no Oscar 2026.






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