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Dormir de Olhos Abertos: a beleza que não sobrepõe o valor

  • Foto do escritor: Cauê Martins
    Cauê Martins
  • há 1 minuto
  • 2 min de leitura

A convite da Sessão Vitrine Petrobas, pudemos conferir antecipadamente o longa “Dormir de Olhos Abertos”. Confira a seguir o que achamos do filme.


Dormir de Olhos Abertos: a beleza que não sobrepõe o valor

Em "Dormir de Olhos Abertos" acompanhamos a jornada de três imigrantes chineses em Recife, Pernambuco. A cidade litorânea acolhe Kai, Fu Ang e Xiaoxin, cujos caminhos se cruzam por meio de uma série de encontros baldios e coincidências.

A história começa com Kai, uma jovem-adulta taiwanesa que chega ao Brasil de férias, ainda se recuperando do término com o namorado no pré-embarque. Enquanto vagava pela cidade, ela se depara com a loja de guarda-chuvas de Fu Ang em um mercado local. A possibilidade de amizade surge, mas rapidamente se esvai com o súbito desaparecimento de Fu Ang.


Dormir de Olhos Abertos: a beleza que não sobrepõe o valor

Em sua busca, Kai encontra Xiaoxin e um grupo de trabalhadores chineses que vivem em um condomínio de luxo. Gradualmente, uma conexão sutil parece tentar se desenvolver entre os três, revelando laços inesperados no contexto de sua experiência compartilhada de deslocamento.


Dirigido por Nele Wohlatz, o filme procura entender as emoções dos protagonistas, explorando os fluxos e trânsitos migratórios, tanto geográficos quanto emocionais, que moldam suas vidas.

Há, de certa forma, algo tentando ser formado aqui, pois é possível ver que a diretora está tentando emplacar uma mensagem crítica sobre um assunto atual e que, de fato, deve ser falado -ou no caso da película, visto- porém é tudo feito de uma forma óbvia ou forçada demais que, para além da crítica, se transforma em uma desvirtuada esquete.


Dormir de Olhos Abertos: a beleza que não sobrepõe o valor

Muito disso se dá pela decupagem genérica que o filme apresenta que, apesar de bonita, não traz personalidade e muito menos carga dramática para a trama. Ou até mesmo o roteiro que insere as suas figuras centrais em uma local em que deveriam expor a sua vulnerabilidade social de forma impactante, porém com um único obstáculo: como? Não há como extrair emoção de um roteiro que à esvai. Não vemos nem minimamente a origem deles, de onde ou porquê vieram, é tudo tão rápido que torna a experiência, incoerentemente, maçante e cansativa.

O longa, para quem quiser conferir, estreia nos cinemas dia 11 de setembro.


©2019 por pippoca.

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